Biossensores são utilizados à favor de diabéticos

Biossensores são pequenos dispositivos que utilizam atitudes biológicas para reconhecer um alvo específico, facilitando a detecção de doenças sem perder a qualidade do diagnóstico.

Por Maria Fernanda

Biossensores podem revolucionar a vida de diabéticos.

Os biossensores são utilizados pelos profissionais como forma de melhorar as condições de vida de quem tem diabetes, doença muito temida durante o período pandêmico do Coronavírus. Por meio de dois pequenos dispositivos que utilizam reações biológicas para reconhecer um alvo específico, os biossensores em centros de saúde mais tecnológicos.

Os biossensores da Medtronic, grande ajuda para pessoas com a comorbidade do diabetes, são usados de duas formas principais na doença: pessoal ou profissional. No primeiro, a pessoa que necessita de insulina - geralmente com diabetes tipo 1 - pode usar um sensor Enlite para medição contínua que, por meio de um transmissor (Guardian), relata constantemente os níveis de glicose intersticial, bem como a tendência para cima ou para baixo de glicose.

Este sensor pode ou não estar em comunicação através do transmissor com a bomba de insulina, para que possa regular a liberação do hormônio, exibir alertas e suspender a administração de insulina se necessário. Juntos, a tríade sensor, transmissor e bomba de insulina formam um sistema que hoje representa a tecnologia disponível mais próxima do funcionamento do pâncreas, e pode ser utilizada em adultos e crianças.

Profissionalmente, o sensor pode ser usado sem a necessidade de administrar insulina para obter um registro retrospectivo contínuo de 6 dias em um paciente com diabetes tipo 2 ou em pacientes com pré-diabetes. Sob o nome comercial iPro 2, essa tecnologia oferece um relatório de alto valor com o qual o médico toma decisões terapêuticas com base em dados reais e padrões na vida do paciente.

Como eles funcionam?

O biossensor de medição contínua é inserido sob a pele - geralmente no abdômen - por meio de um dispositivo que o injeta com o auxílio de um botão. O sensor Enlite, da Medtronic, consiste em um eletrodo fino e flexível feito de ouro, semelhante a uma linha de costura grossa, em contato contínuo com o fluido intersticial (encontrado nos espaços ao redor das células). Uma reação química entre a glicose e o material do eletrodo permite que o sensor meça o nível de glicose a cada 5 minutos, o equivalente a 288 vezes por dia.

As informações obtidas são transmitidas via rádio frequência ou bluetooth para um celular, para o monitor do SIC de Insulina, ou armazenadas na nuvem para serem posteriormente analisadas pelo médico.

Caneta Lilly

A gigante farmacêutica Eli Lilly planeja lançar um novo sistema “Smartpen”, conectado durante o segundo semestre de 2021. É uma caneta de insulina descartável e enchida previamente, destinada a ser a base da nova plataforma digital baseada em caneta da empresa.

Durante a maior parte do ano passado (2020), Lilly trabalhou com reguladores sobre como o dispositivo transmitirá os dados de dosagem de insulina da caneta para um aplicativo móvel. Eventualmente, isso funcionará com a Dexcom CGM, pois as duas empresas acabaram de assinar um acordo para esse fim. Outras parcerias CGM devem ser estabelecidas também.