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Expoflora tem cancelamento decretado em 2021

  • Foto do escritor: Jornal Informes
    Jornal Informes
  • 3 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

O evento é um dos momentos importantes para a economia da região, e em decorrência da pandemia teve o cancelamento decretado por duas vezes seguidas.


Por Ana Mairene Alves


Espaço em que ocorre o tradicional evento, completamente fechado.





A Expoflora ocorre tradicionalmente entre os meses de agosto e setembro para celebrar a chegada da primavera. A cidade de Holambra, no interior de São Paulo, é a sede desse evento que é a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina.


Este é um dos momentos mais esperados e importantes para a economia da região, e em decorrência da pandemia teve o cancelamento decretado por duas vezes seguidas. No ano passado, os efeitos negativos ocasionados pelo não acontecimento da atração que já estava confirmada, causaram um prejuízo que ultrapassou os 30 milhões de reais.


Neste ano, mais uma vez, os galpões do local que recebiam uma média de 300 mil visitantes de todo país, continuam vazios e fechados. Diante da difícil situação que a região enfrenta por conta da Covid-19, a tão esperada festa das flores não seria viável para ser realizada. Como consequência, mais uma vez ocorre automaticamente um prejuízo enorme para a economia da região.


Além de criar anualmente cerca de 1500 empregos diretos durante os três meses de festa, a economia da cidade também gira em torno da Expoflora. Um exemplo disso é o fato de que desde o início da pandemia, a cidade de Holambra registra saldo positivo de apenas 83 vagas de emprego formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério da Economia. Sem o evento, o município chegou a fechar 596 postos em março de 2020.


Um dos setores que mais está sofrendo com esse impacto é o de hotelaria. Um tradicional hotel da cidade chegou a fechar as portas no ano passado por dificuldades financeiras. Além disso, restaurantes tradicionais da cidade, que funcionavam também durante o evento, sofrem prejuízos e tentam de alguma forma amenizar os impactos.


A esperança de Holambra depois do impacto negativo, estava depositada na retomada da Expoflora. A Secretária de turismo da cidade das flores, Alessandra Caratti, foi uma das que recebeu a notícia com certo pesar. “A Expoflora leva o nome de Holambra para o Brasil todo, e de uma maneira muito positiva. Além de tudo, ela traz uma economia muito grande para a cidade e para a região. As pessoas compram nos supermercados e abastecem nos postos de gasolinas, utilizam as farmácias. Isso movimenta a economia da cidade e, automaticamente, movimenta a engrenagem”, pontuou Alessandra.


Segundo ela, os impactos na região são severos. “O prejuízo econômico chega a ser incalculável, pois a cidade é quase que dependente do movimento que a festa traz anualmente”, afirmou. No entanto, mesmo após a decisão do cancelamento, a gestão da prefeitura tem a certeza de que apesar dos prejuízos financeiros, a decisão é a melhor para o momento. Além disso, afirmam que o município tem criado alternativas para a sobrevivência da economia na cidade.


Os moradores, que em sua maioria obtêm renda direta ou indireta pelo evento, têm alguns posicionamentos distintos acerca da atitude tomada pela prefeitura. O aposentado José Dias afirma que a situação é ruim por serem dois anos consecutivos sem acontecer. "Dá até saudade. Eu entendo que é para o nosso bem, mas acredito que não podemos viver esperando a situação melhorar. Até porque temos contas para pagar”, conclui.


Já Robson dos Santos pondera que, devido à pandemia e ao agravamento dos casos de Covid, o cancelamento foi a melhor alternativa. Assim como ele e José Dias, a população de Holambra está triste com o segundo cancelamento. Porém, neste momento, o que se mantém forte é o sentimento de esperança que no ano que vem, quem sabe, a primavera seja recebida com muita festa.


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