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Quando o descaso ultrapassa os limites

  • Foto do escritor: Jornal Informes
    Jornal Informes
  • 31 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

OPINIÃO


Por Yasmin Medeiros


Crítica ao posicionamento de Bolsonaro diante do atual cenário/ Créditos: Diário do Nordeste.




Na tentativa de investigar supostas omissões e irregularidades nos gastos do governo federal durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, surge a CPI da Covid: a esperança que o povo brasileiro precisava. Uma iniciativa para tentar resgatar o jargão “Brasil acima de tudo”, que há tempos fora esquecido ou até mesmo nunca levado em conta. Com a CPI, espera-se justiça. Justiça pelos mortos, pela ciência e pelas famílias que têm sofrido nesse contexto.


Além disso, queremos vacinas, uma vez que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo assim, mediante políticas sociais e econômicas, a redução do risco de doenças e de outros agravos, bem como o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, como consolidado no artigo 196 da atual Constituição brasileira.


A despeito das investigações, o Brasil vive períodos complicados e infelizmente parece estar distante de uma real melhora. Até o momento já são 450 mil mortes por Covid-19, vacinas atrasadas e ofertas negadas, e tudo isso aponta uma problemática estrutural no poder público. Problemática essa que parte da presidência do país e atinge, por conseguinte, todas as outras esferas interligadas a ela. Isso revela incompetência, inexperiência e irresponsabilidade. Há quem diga também que a má gestão presidencial só causou prejuízos à saúde e ao bem-estar público.


Alguns defendem o impeachment, outros a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Contudo, o que ninguém pode negar são os danos causados pela indiferença e descaso do mesmo. O que poderia ter sido evitado, por procedência de uma maior consciência e empatia, foi maximizado em alto grau.


Diante disso, vozes ecoam dos lares enlutados. Dores de pessoas que perderam não somente a esperança de dias melhores na “Pátria Amada”, mas àqueles que realmente davam sentido aos seus dias. Frente ao problema, o que dizer? Que devolvam os nossos mortos, nossos empregos e nossa dignidade? Não. Tarde demais.


Vivemos hoje um pesadelo que deixará tristes memórias e dolorosas marcas. À vista desse fato, resta apenas um questionamento: se o país tivesse uma nova chance, valeria a pena - em nome do autoritarismo - perder mais uma vez a credibilidade, o respeito e, principalmente, as vidas das pessoas?



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